MARATONA DE VOLTA AO BRASIL

pelo viajante , em

 

SAINDO DE LISBOA. VOLTANDO A MADRID

O sol nem tinha nascido mas nós já havíamos iniciado nossa maratona de volta pro Brasil! Na verdade essa volta seria longa e com paradas em Madrid e Paris. Não parece ser a coisa mais sensata a se fazer mais foi a opção mais em conta no que diz respeito ao preço. Não vou nem me aventurar a explicar o que calculamos pra chegar nisso pois não lembro mais… Tudo foi planejado em Março de 2011…

Bom, descemos do Campo dos Mártires da Pátria para a Avenida da Liberdade onde pegaríamos o taxi. “Mochileiros low cost” pegando taxi? Pois é. Não tinha muito jeito. O “autocarro” (ônibus) que leva ao aeroporto de Lisboa só começava a circular na hora em que já deveríamos estar na sala de embarque.

Além do mais, o taxi foi bem barato. Pelo que me lembro, dividindo, deu 6€ pra cada um ou menos. Lisboa é bem pequena e, diferentemente de Paris por exemplo, o aeroporto internacional é bem próximo ao centro da cidade.

Mais uma vez conseguimos passar ilesos pela easyjet. Dentro dos limites de peso das malas e dos limites de dimensões das mochilas. Eu, por exemplo, vesti duas calças e dois casacos. Tudo pra não correr riscos de pagar o sobrepeso! (ô… pobreza! 🙂 Ainda bem que o verão europeu é meia boca… Também era muito cedo pra estar calor… Estava escuro ainda… Por volta das 6h da manhã.

MADRID

Fomos recebidos em Madrid com aquele mesmo sol dos primeiros dias de viagem que começaram justamente na capital espanhola. Ainda era manhã. Deixamos as malas no locker do Aeroporto de Barajas, troquei de roupa, e partimos pra cidade pra almoçar e andar um pouco nesse que era o último dia da viagem.

Já no centro demos uma passada no El Corte Inglés da Puerta Del Sol e tiramos mais fotos dos protestos dos Indignados. Fiquei surpreso de ver alguns cartazes falando sobre a nova ordem mundial e incitando as pessoas a pesquisarem mais sobre o 11 de Setembro. Além disso, os já tradicionais cartazes protestando contra o governo, bancos e sistema capitalista marcavam a praça no coração de Madrid. Escrevi especificamente sobre isso no outro blog.

Almoçamos uma Paella Valenciana pelas redondezas da Puerta Del Sol só pra não dizer que estivemos lá e não experimentamos. Confesso que não me encheu muito os olhos mas valeu a experiência!
Descemos em marcha lenta parando nas lojas da Calle de Gran Via onde ainda comprei uma camisa na National Geographic. Já no Passeo Del Prado pegamos o ônibus e partimos de volta para o Aeroporto de Barajas onde tentaríamos “dormir” um pouco antes do voo para Paris.

Dormir em Aeroporto não é legal. Sabíamos disso pois em 2010 fizemos o mesmo no Schiphol em Amsterdam. Tomamos a decisão dramática de dormir no Schiphol em 2010 e agora no Barajas quando os três fatores abaixo se combinam:

1 – Voo muito cedo ao ponto de não valer a pena pagar mais uma diária de albergue.
2 – Serviços de transporte público para o aeroporto ainda não estão rodando.
3 – Taxi para o aeroporto muito caro.

Sinceramente “dormir” no Barajas foi bem mais complicado do que no Schiphol. O frio e a falta de posição / conforto era comum aos dois aeroportos. A diferença negativa do Barajas em relação ao Schiphol era a barulheira! O que tinha de gente chegando e saindo de Madrid não era brinquedo não! Uma “falação”, gritaria, mala correndo de um lado pro outro, cachorro latindo e etc! Também pudera, né?! Além de ser verão, alta temporada na Europa e a Espanha ser um dos lugares mais procurados por lá por causa do sol, o Aeroporto não foi feito pra dormir! Esse é um dos preços que se paga por ser um low cost traveller! 😀

A noite que parecia interminável acabou. Fizemos o check-in na AirFrance rumo a Paris onde apenas duas horas depois pegaríamos um voo da mesma companhia dessa vez com destino a cidade maravilhosa! A quantidade de dias da viagem (27) foi certinha! Eu já estava querendo meu chuveiro e minha cama!

QUASE ACABANDO, PARIS

Chegando no Aeroporto Charles de Gaulle em Paris, havia uma grande confusão com os ônibus que conduziam os passageiros da pista aos terminais do aeroporto. Demorou tanto que já estávamos convencidos que perderíamos a conexão pro Rio. Já no terminal vimos que não era apenas nosso voo que estava enrolado. Vários voos estavam atrasados por um motivo que até hoje não sei.

Com quase 2 horas de atraso conseguimos embarcar e partir pro Rio! A destacar no voo só a turbulência leve porém contínua que deixou muita gente enjoada. Eu também enjooei mas não vomitei. Muita gente vomitou. A aeromoça da Air France, uma jovem baiana, ficou maluquinha pois não sabia a quem ajudar. A cada momento tinha um solicitando atenção. Engraçado foi um menino na poltrona atrás da minha que vomitou no copo, e no meio da turbulência, levantou pra jogar a porcaria fora… A aeromoça viu e pediu que ele voltasse pra cadeira pois ele podia acabar caindo com tudo aquilo no chão e em cima de outros passageiros também…rs

O piloto pisou fundo no acelerador e compensou o atraso da saída. Chegamos no horário previsto no galeão! Já em terras tupiniquins, o Guilherme, irmão do Gustavo nos recebeu no aeroporto e deu carona pra gente.

Esse foi o fim de mais uma jornada no velho mundo! Foi muito bom e realmente espero poder escrever mais aqui no futuro. 🙂

Até a próxima,

Renato Vieira


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